6 de mar. de 2015

Até quando esperaremos por um concurso para o quadro de servidores e servidoras da Câmara Municipal de Natal?



O modelo oligárquico que rege o Estado do Rio Grande do Norte, e por sua vez, o Município de Natal precisa urgentemente de um basta. Desde a promulgação da Constituição de 1988 a administração pública está vinculada, dentre outros, aos princípios da impessoalidade e, mais recentemente, ao princípio da eficiência.

Não precisamos explicar com maiores delongas da necessidade de concurso público para satisfazer os princípios constitucionais e assim modelar o quadro técnico da nossa Câmara. Não é possível que em pleno 2015 continuemos arraigados pelo paternalismo gestacional, de modo que baste ser amigo de alguém influente para que se galgue ao cargo de servidor. É preciso ser competente e ser avalizado por certames impessoais que garantam uma escolha criteriosa.

No âmbito da Assembleia Legislativa, ainda que aos trancos e barrancos, a administração pública está passando por um processo lento, mas que paulatinamente garante a modernização de suas práticas, já que o então presidente Ricardo Mota realizou em 2013 o concurso para o quadro de servidores e servidoras da Casa.

O funcionamento de ambos os parlamentos há muito precisa de independência, estando prejudicado pela pequenez periódica de satisfação eleitoral dos donos do poder a cada quatro anos.

É preciso cobrar agora do Presidente Franklin Capistrano, já que o ganho dessa medida revoluciona e mitiga a troca de favores. Até porque, o acesso aos cargos é almejado por pessoas que fazem jus ao seu exercício, muito embora estejam sendo preteridas pela falta de concurso público, satisfazendo os apadrinhamentos mesquinhos ainda existentes na nossa política. O concurso garantiria não apenas a meritocracia do ingresso na Câmara, como também melhoraria a sua eficiência.


Não foi a toa que a Constituição Federal de 1988 exigiu o concurso público para o provimento de cargos e empregos públicos, com intuito de evitar as recorrentes práticas nocivas à moralidade e à impessoalidade. É chegada, então, a nossa hora, que cobremos por concurso público na Câmara dos Vereadores de Natal!